sábado, 26 de janeiro de 2013

Hipótese da Deriva dos Continentes e afins


Hipótese da Deriva dos Continentes e afins


Compreender a Hipótese da Deriva dos Continentes:
A Hipótese da Deriva dos Continentes foi proposta por Alfred Wegener, um cientista alemão. Nesta hipótese constava que todos os continentes já tinham estado, anteriormente, unidos num supercontinente denominado Pangeia, porém, se havia apenas um supercontinente haveria apenas um único oceano denominado de Pantalassa.

Enunciar os argumentos utilizados para apoiar a Hipótese da Deriva dos Continentes:
Argumentos Morfológicos/Geográficos: nestes argumentos constava que os continentes, hoje em dia, encaixavam como um puzzle, especialmente, América do Sul com África, em que o encaixe era quase perfeito à vista desarmada, porém se víssemos a plataforma continental deles conseguíamos perceber que o encaixe era mais perfeito, porquê? Porque a plataforma continental já esteve à superfície, mas foi sofrendo erosão até estar onde está hoje.
Argumentos Paleoclimáticos: nestes argumentos constava que se soubéssemos os climas do passado de todos os continentes, veríamos que existiam semelhanças, como neste exemplo: Em África, América do Sul, Índia, Austrália e Antártida existem vestígios de depósitos glaciares. Com isto podemos perceber que já estiveram unidos anteriormente.
Argumentos Geológicos: nestes argumentos constava que se olhássemos para as cordilheiras montanhosas veríamos que existe continuidade delas entre continentes diferentes, mais uma vez indica que estiveram unidos anteriormente.
Argumentos Paleontológicos: nestes argumentos constava que se víssemos os fósseis veríamos que existem fósseis iguais em diferentes continentes, o que é impossível se não estivessem estado unidos anteriormente, pois com diferentes climas, vegetação, ... não poderiam ser iguais.

Indicar as fragilidades da Hipótese da Deriva dos Continentes:
A Hipótese da Deriva dos Continentes estava bem aprofundada, porém, Wegener não conseguiu explicar o porquê dos Continentes se movimentarem.




Conhecer a morfologia dos fundos oceânicos:
Plataforma continental: Zona pouco inclinada, com profundidade até aos 200 m e que corresponde à parte submersa dos continentes.
Talude Continental: Zona muito inclinada que faz a transição entre a crosta continental e a crosta oceânica. Pode atingir os 4.000 m de profundidade.
Planície Abissal: Região plana que se estende desde o talude continental até à dorsal oceânica.
Dorsal: Cadeia montanhosa submarina que se situa, geralmente, no centro dos oceanos (dorsais médio-oceânicas).
Rifte: Vale profundo que se situa na parte central das dorsais oceânicas. Pode atingir os 6.000 m de profundidade.
Fossa Oceânica: Depressão profunda e alongada no fundo oceânico, muitas vezes paralela ao bordo dos continentes. Pode atingir os 11.000 m de profundidade (Fossa das Marianas no Oceano Pacífico).
Explicar a Teoria da Tectónica de Placas:
A Teoria da Tectónica de Placas explica o movimento das placas tectónicas, cujos limites podem ser convergentes, divergentes ou conservativos.
Conhecer o mecanismo de correntes de convecção:
As correntes de convecção são o “motor” do movimento das placas tectónicas/litosféricas.
Identificar os diferentes tipos de limites de placas litosféricas:
Limites Convergentes: existe destruição da litosfera.
Limites Divergentes: existe construção da litosfera.
Limites Conservativos: não existe formação nem destruição da litosfera.
Relacionar a atividade sísmica e vulcânica com a dinâmica interna da Terra:
As atividades sísmicas e vulcânicas existem porque as placas litosféricas sofrem movimentos e/ou transformações.
Relacionar a formação de cadeias montanhosas com a mobilidade das placas tectónicas:
As cadeias montanhosas existem por causa dos limites convergentes (neste caso de duas placas continentais) e forças compreensivas, porque são duas placas que chocam e vêm ao de cima e enrugam um pouco.
Identificar os mecanismos responsáveis pela deformação da crosta terrestre:
As forças compreensivas/distensivas/de cisalhamento são forças que deformam a crosta terrestre, normalmente, deformam em falhas/dobras.
Relacionar a evolução e a distribuição dos seres vivos com os movimentos das placas litosféricas:
O movimento das placas litosféricas:
·         Separa continentes e cria oceanos, montanhas e ilhas;
·         Altera a posição dos continentes, o que influência o clima;
·         Condiciona a distribuição e a evolução dos seres vivos.

Sistema Terra


  Sistema Terra



Compreender a Terra como um sistema;

Sistema: é um conjunto de componentes organizados – Atmosfera (ar) / Hidrosfera (água) / Geosfera (solo) / Biosfera (seres vivos) – entre si, em interação.

·         Identificar os componentes do sistema terrestre;

Atmosfera: camada gasosa que envolve a Terra.
Hidrosfera: corresponde a toda a água da Terra. Inclui mares, rios, lagos, gelo, águas subterrâneas,...
Geosfera: corresponde ao solo e às rochas, incluindo as que se situam nas zonas mais profundas da Terra.
Biosfera: conjunto de seres vivos que habitam a Terra.
·         Compreender as interações entre os componentes do sistema terrestre;
Os quatro componentes estão muito interligados, não são independentes.
Um vulcão em erupção: Geosfera ---------» Atmosfera
Uma planta na fotossíntese: Atmosfera «-------» Biosfera (Adquire e liberta gases)
Uma planta na produção de glicose: Geosfera «------» Biosfera (Matéria Mineral/Matéria Orgânica)
A respiração/transpiração: Biosfera «------» Atmosfera (Adquire e liberta gases)
A planta na transformação a carvão: Biosfera ------» Geosfera
Infiltração da água no solo: Hidrosfera «------» Geosfera (Alteração da rocha/elementos químicos em solução)
Quando se bebe água: Hidrosfera ---------» Biosfera
·         Compreender o conceito de ecossistema;
Ecossistema: é o conjunto formado pelos seres vivos, pelo meio que eles ocupam e pelas relações que estabelecem entre si.
·         Explicar o que são fósseis;
Fósseis: são restos de seres vivos (ossos, dentes, troncos) ou manifestações da sua atividade (ovos, sementes, pólenes, excrementos, pegadas, tocas) que ficam conservados em rochas ou noutros materiais naturais. Considerasse fóssil se tiver mais de 13000 anos.
·         Compreender a importância dos fósseis na reconstituição da história da Terra;
Importância dos fósseis na reconstituição da história da Terra:
- Reconhecer seres vivos do passado
- Identificar paleoambientes
- Identificar paleoclimas
- Reconhecer a idade das rochas
·         Compreender o conceito de fossilização;
Fossilização: corresponde à sequência de etapas que conduz à formação de fósseis.
·         Conhecer os fatores que favorecem a fossilização;
- Temperatura ambiente baixa
- Existência de partes duras no organismo
- Soterramento rápido por sedimentos finos , que protejam dos predadores e da decomposição.
·         Distinguir os diferentes tipos de fossilização;
Tipos de fossilização:
- Marcas
- Mineralização
- Mumificação
-Moldagem

·         Conhecer exemplos de fósseis de idade e de fósseis de ambiente;
Fósseis de Idade: Trilobites/amonites
Fósseis de ambiente: corais
·         Explicar o princípio da sobreposição dos estratos;
Principio da sobreposição dos estratos: numa sucessão não deformada de estratos, os estratos que estão por baixo são mais antigos que os de cima.
·         Aplicar o princípio da sobreposição dos estratos e da identidade paleontológica na datação relativa dos estratos;
Se dois estratos em locais diferentes tiverem o mesmo tipo de fósseis terão a mesma idade, e os que estiverem por baixo destes serão mais velhos, porém os que estiverem por cima serão mais recentes.
·         Enunciar as principais evoluções ocorridas em cada Era geológica;
(Pré-Câmbrico (4600 – 542 M.a.):
 - Caracteriza-se pelo aparecimento de vida – seres unicelulares – bactérias fotossintéticas.
- Aparecimento dos primeiros seres pluricelulares – com corpo mole e sem concha.
(o Pré-Câmbrico não se considera nem Era nem Período))
Era Paleozoica (542 – 250 M.a.):
-Fosseis característicos: trilobites.
-Vida marinha muito diversificada - animais com concha e peixes em evolução.
- Anfíbios e répteis povoam os continentes.
-Primeiras plantas em terra: fetos e coníferas.
---------------------------------- Extinções em massa – morrem as trilobites e muitas espécies --------------------
Era Mesozoica (250 – 64 M.a.)
- Fósseis característicos: amonites, belemnites e dinossauros.
- Os répteis dominam os continentes.
- Pequenos mamíferos de hábitos noturnos.
-Aparecimento das aves.
Aparecimento de plantas com flor.
---------------------------------- Extinções em massa – morrem os dinossauros e muitas espécies ------------------
Era Cenozoica (65 M.a. – atualidade):
- Grande diversificação de mamíferos e aves.
-As plantas com flor dominam.
No Quaternário ou Antropozoico apareceram os primeiros Hominídeos.
·         Relacionar a transição das Eras com acontecimentos importantes, como as extinções em massa;
Para dividir a história terrestre, usaram as grandes extinções para o fazer. Uma entre a Paleozoica e a Mesozoica. Outra entre a Mesozoica e a Cenozoica.
·         Reconhecer a importância da preservação do património paleontológico.
Se preservarmos os fósseis estes ajudar-nos-ão a descobrir como foi o Planeta Terra no passado e ajudar a resolver possíveis problemas no futuro.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Grécia no período clássico (séc.V)


Grécia no período clássico (séc.V)


A afirmação do mundo helénico deu-se num espaço facilitador do contacto humano e corporizou-se através de uma rede de cidades-estado.

Banhada pelo Mediterrâneo, a Grécia é uma região muito montanhosa, possuindo uma costa recortada em golfos profundos que avançam para o interior; o solo é pobre e escasso em água, dado o pequeno caudal dos rios que o atravessam.

Este conjunto de condições e as rivalidades entre os diferentes povos invasores favoreceram a formação de cidades-estado. As condições geográficas e a pobreza dos solos deram origem a um movimento migratório por parte dos gregos, em busca de melhores condições de vida. Dirigindo-se maioritariamente para as costas do Mediterrâneo e do Mar Negro, os gregos fundaram aí colónias, que deram lugar a novas cidades-estado.

Entre os séculos VIII e VI a. C., as diferentes comunidades gregas, organizadas já em cidades-estado, empreenderam um processo de expansão marítima, resultando daí a formação do mundo grego ou helénico. Os elementos unificadores deste mundo foram a língua, os costumes, a religião, os jogos e as relações comerciais que foram estabelecidas entre as diferentes cidades-estado.

No século V a. C., Atenas alcançou uma posição de superioridade em relação às restantes cidades-estado gregas. Para isso contribuiu o processo de abertura marítima que transformou Atenas numa cidade mercantil. Tirando partido da sua situação económica e do seu papel de intermediário no comércio entre diferentes povos da sua região, Atenas conheceu um período de grande prosperidade.

A Grécia Antiga é o berço da democracia, sendo que este novo sistema político era uma alternativa à tirania.


Sociedade Ateniense:
A sociedade ateniense no século V a. C. era composta por três grupos: cidadãos (Indivíduo pertencente a um Estado livre e que possui o direito e o dever de participar na vida civil e política desse Estado. Na Grécia Antiga, este grupo social gozava de todos os direitos civis e políticos e era constituído por todos os homens atenienses, maiores de 18 anos, filhos de pais atenienses e com o serviço militar cumprido), metecos (Estrangeiro livre residente em Atenas, sem direito a possuir terras nem a participar na administração da cidade, apesar de pagar impostos e prestar serviço militar. Dedicava-se ao comércio e à atividade artesanal) e escravos (Indivíduo que não tinha quaisquer direitos, sendo considerado propriedade de um senhor ou de um Estado). A maioria da população era constituída por escravos. Os cidadãos constituíam uma pequena parte da população (cerca de um décimo) e apenas eles tinham o direito de participar no governo da cidade. No seu dia-a-dia, os cidadãos reuniam-se na ágora (centro cívico da cidade), onde discutiam política e negócios.

O funcionamento do regime democrático:
Atenas conheceu vários tipos de governo: monarquia, em que o poder pertencia a um rei; oligarquia, em que o poder pertencia a um grupo de nobres; e tirania, em que o poder era exercido por um único homem, que tomava sozinho todas as decisões. No século V a. C., Péricles instaurou um novo regime político: a democracia (Sistema político em que o poder é exercido pelos cidadãos, considerados livres e iguais em direitos e deveres perante a lei) (demos = povo + cratos = poder), na qual o poder era exercido pelos cidadãos (Indivíduo pertencente a um Estado livre e que possui o direito e o dever de participar na vida civil e política desse Estado. Na Grécia Antiga, este grupo social gozava de todos os direitos civis e políticos e era constituído por todos os homens atenienses, maiores de 18 anos, filhos de pais atenienses e com o serviço militar cumprido) (povo). A democracia ateniense tinha como princípio fundamental a igualdade de direitos entre os cidadãos, pois todos podiam exercer cargos políticos ou aprovar leis.
Apesar de todos os cidadãos atenienses poderem votar e ser eleitos para governar a sua cidade, esta democracia era imperfeita, ou seja, tinha algumas contradições:
·         Só uma minoria da população — os cidadãos — podia participar no governo da sua cidade; a restante população, ou seja, as mulheres, os metecos e os escravos, estava impedida de participar na vida pública;
·         Existia escravatura, o que fez com que se tenha considerado a democracia ateniense uma democracia esclavagista, pois o desenvolvimento da cidade-estado assentava no trabalho escravo;
·         A existência da pena de morte foi outra limitação da democracia ateniense, juntamente com a condenação ao ostracismo (exílio);
·         Atenas liderava a Liga de Delos, composta por outras cidades do mundo grego, às quais exigia o pagamento de tributos em troca de defesa; por isso, Atenas é considerada uma potência imperialista.
A democracia ateniense foi, no entanto, um exemplo de participação cívica e governação para as restantes cidades-estado gregas e para o mundo atual. Foi também uma das grandes heranças da civilização grega.

A sociedade ateniense encontrava-se dividida em diversos espaços e assentava em três poderes: legislativo, executivo e judicial.


Poder Legislativo:
·         Bulé (Sorteados) – 500 cidadãos preparavam as leis para serem aprovadas na Eclésia
·         Eclésia – Assembleia dos cidadãos, onde votam as leis, decidem a guerra e a paz, controlam os juízes.
Poder Executivo:
·        10 Estrategas (Eleitos)        Comandam o exército, velam pela aplicação das leis,
·        10 Arcontes (Sorteados)                 presidem aos tribunais e organizam o culto dos deuses.
Poder Judicial:
·         Helieu – 6000 juízes que julgavam os casos mais comuns
·         Areópago (Sorteados) – julga os crimes de homicídio e as questões religiosas

Foi no domínio da cultura que a superioridade dos gregos se tornou mais evidente. O pensamento humanista e a criatividade artística conferiram à civilização grega um caráter universal.


A formação do cidadão:
A educação do cidadão ateniense constituía um importante fator da superioridade intelectual grega, pois associava o desenvolvimento intelectual ao desenvolvimento físico. As discussões na praça pública, os concursos artísticos e as competições desportivas faziam parte dessa formação, que se desenvolvia segundo as seguintes etapas:
·         Até aos 7 anos – a criança permanecia junto da mãe, no gineceu (parte da casa reservada às mulheres e às crianças);
·         Dos 7 aos 12 anos – enquanto a rapariga permanecia em casa, o rapaz era entregue a um pedagogo que o acompanhava ao ginásio e à escola, onde praticava exercício físico e aprendia a ler, escrever e contar;
·         A partir dos 12 anos – praticava ginástica e luta;
·         Dos 15 aos 17 anos – dialogava com os filósofos, aperfeiçoando a arte de falar em público;
·         Dos 18 aos 20 anos – prestava dois anos de serviço militar, após o que era considerado cidadão de pleno direito.
Mas a aprendizagem não se completava aqui: o cidadão refletia sobre si mesmo e sobre o que o rodeava, encontrando as respostas para as suas dúvidas nas representações teatrais, na filosofia e na ciência.

Os deuses e o culto:
Um dos traços de união de todas as cidades-estado era a religião, que se caracterizava pela existência de deuses comuns a quem todos prestavam culto. Os gregos acreditavam que os seus deuses eram semelhantes aos seres humanos em todos os aspetos (antropomorfismo), só se distinguindo destes pela imortalidade e pela invisibilidade. Entre os deuses e os homens havia heróis, que eram considerados metade humanos e metade deuses. Ao conjunto das histórias dos deuses e heróis gregos chamamos mitologia. Entre os numerosos deuses gregos destacam-se:
·         Zeus (pai dos deuses e senhor dos fenómenos atmosféricos e da luz do dia);
·         Atena (deusa da sabedoria, da inteligência e das artes);
·         Afrodite (deusa da beleza e do amor);
·         Dioniso (deus da fertilidade, da vegetação e do vinho).

Os jogos:
Os jogos foram uma das manifestações mais importantes da religião grega. Ao longo do ano realizavam-se grandes festas religiosas que incluíam manifestações desportivas e artísticas. Os Jogos Olímpicos eram os mais importantes: realizavam-se de quatro em quatro anos em Olímpia, em honra de Zeus. Para que estes jogos se realizassem, era decretada a paz em todo o mundo grego. A participação nestes jogos era muito importante, pois os atletas competiam pela sua glória e pela glória da sua cidade, sendo recebidos como verdadeiros heróis. Os jogos compunham-se por várias provas: corridas, lutas, corridas de cavalos e pentatlo.

O teatro:
O teatro tinha para os gregos um caráter ao mesmo tempo cívico e religioso, tendo a sua origem nas festas em honra de Dioniso. Os principais temas das peças teatrais representavam episódios dramáticos da vida dos deuses e de heróis lendários (a tragédia). Algumas representações relacionavam-se com a vida política e social de Atenas, ridicularizando cenas da vida real e vícios dos homens (a comédia).
A tragédia é uma forma dramática, cujas personagens são condenadas pelo Destino, a um fim de sofrimento e morte. Os principais autores de tragédias foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides. As suas obras tinham grande suspense e importantes ensinamentos morais.
A comédia é uma forma dramática, que também transmite lições sobre a vida, mas ridicularizando os defeitos e os vícios da sociedade da época. O maior autor de comédias gregas foi o ateniense Aristófanes, cujas obras se caracterizam por uma mordaz crítica social.

O pensamento:
Na Grécia, pela primeira vez, surgiram homens que procuraram a explicação para a origem do Universo, da vida e das forças da Natureza recorrendo à razão — eram os filósofos. Alguns dos principais filósofos gregos, como Platão, Aristóteles e Sócrates, ainda hoje são considerados, universalmente, mestres da literatura e do pensamento filosóficos. O interesse pelo ser humano levou os gregos a recolher o máximo de informações sobre os grandes feitos dos seus antepassados. Das suas ações procuraram extrair lições para o presente e compreender a marcha da humanidade; nasceu assim a História.
Com os gregos foram dados os primeiros passos em quase todas as ciênciasMatemática (Pitágoras), Medicina (Hipócrates), Literatura (Homero e Hesíodo), História (Heródoto e Tucídides), etc. O grande contributo dado pelos gregos para o nascimento do espírito científico consistiu em libertar o pensamento do caráter mágico e religioso com que os povos anteriores explicavam os fenómenos da natureza e a própria existência humana. Os gregos procuraram formular leis, compreensíveis pela razão, que explicassem o Universo e o comportamento humano e contribuíssem para o progresso e felicidade das pessoas. Os gregos tiveram a necessidade de criar a oratória, a parte de bem falar em público, nesta destacaram-se Péricles, Demóstenes.

A apurada sensibilidade estética é uma marca fundamental da civilização grega.


Características gerais da arte grega neste período clássico:
·         Humanismo – valorização do homem, reflexão sobre os valores humanos.
·         Racionalismo – confiança na razão do Homem para se chegar à verdade.
·         Harmonia, Equilíbrio, Beleza – característica muito visível na arte.

A arquitetura grega no período clássico (séc. V a.C.):
·         Ordem dórica:
o   Simples e maciça
o   Friso dividido em métopas (relevos) e tríglifos (linhas)
o   Capitel simples
o   Coluna sem base

·         Ordem Jónica:
o   Friso contínuo
o   Capitel com volutas
o   Fruste da coluna elegante e gracioso
o   Coluna com base

·         Ordem Coríntia:
o   Capitel com folhas de acanto
o   Coluna elegante e graciosa
o   Coluna com base


Principais características da escultura grega no séc. V a.C.:
·         Idealismo
·         Rigor do pormenor
·         Perfeição
·         Harmonia
·         Proporção
·         Expressão de sentimentos
·         Serenidade dos rostos
·         Ideia de movimento
·         Naturalidade

Principais escultores gregos no séc. V a.C.:
·         Fídias
·         Policleto
·         Míron
·         Praxíteles

A Origem das primeiras civilizações


A Origem das primeiras civilizações

Localização das primeiras civilizações.

Egipto: Ao longo do Rio Nilo; Palestina (Hebraica): Por baixo da Fenícia, no lado Este do Mediterrâneo; Fenícia: Acima da Palestina, no lado Este do Mediterrâneo; Suméria: Até metade dos Rios Tigre e Eufrates; Vale Indo: Ao longo do Rio Indo; Vale do Rio Amarelo: Ao longo do Rio Amarelo.

Origem das primeiras civilizações.

Civilização: é a forma de organização da sociedade que tem na cidade o seu centro: económico (mercados), político (palácio do rei/faraó), administrativo (funcionários do rei/faraó), cultural (surge a escrita, o cálculo, desenvolve-se a arte) e religioso (templos e sacerdotes).

A Civilização Egípcia

Localização da civilização egípcia.

-Egipto: Ao longo do Rio Nilo.

Condições naturais em que se desenvolveu a civilização egípcia.

-A civilização egípcia desenvolveu-se ao longo do Rio Nilo, fonte de tudo o que lá existia, pois ao lado do Nilo havia densos desertos, os egípcios tiveram de habituar-se a estas condições.

A economia no Antigo Egito.

-A economia no Antigo Egipto era muito grande, pois estes com as cheias do Rio Nilo tinham uma enorme abundância dos produtos, assim podiam vende-los.

A sociedade egípcia.

Qual o poder do Faraó?

-O poder do Faraó era o poder absoluto (tinha todos os poderes: administrativo, legislativo e executivo) e sacralizado (poder que provinha dos deuses).

Que monarquia era praticada pelos Egípcios?

-Monarquia Teocrática (Monarquia em que há uma associação entre o poder político e o religioso).



 Como se organizava a sociedade Egípcia?
A sociedade egípcia encontrava-se estratificada e hierarquizada:
Grupos privilegiados:Estes devido à sua função, recebem oferendas do faraó e têm muitos direitos, como o de não pagar impostos.
Grupos não privilegiados:Estes viviam em más condições, pagavam altos impostos e eram obrigados a realizar obras públicas gratuitamente.


A religião egípcia.

Quais eram os principais deuses egípcios?


-Amón: rei dos deuses.                  -Amón-Rá:
-Rá: deus da criação                         deus sol
-Osíris: deus dos mortos
-Ísis: deusa da terra e da vida
-Hórus: deus protetor do Faraó (cabeça de falcão/filho de Ísis e de Osíris)
-Anúbis: deus da mumificação (cabeça de chacal)
-Thot: deus da sabedoria, da magia e das artes (cabeça de íbis)
-Hathor: deusa da música, do amor, do céu e da alegria
-Seth: deus do mal (cabeça de crocodilo)

Quais as condições para a imortalidade da alma?

-Corpo incorrupto através da mumificação
-Julgamento favorável no tribunal de Osíris
-Túmulo eterno.


As principais manifestações culturais dos egípcios (abordagem sucinta).

As manifestações culturais dos egípcios.

-Templos: moradas dos deuses/Túmulo: a morada das almas (Pirâmides/Mastabas/Hipogeus)

A arte egípcia:

-a arquitetura:

-A arquitetura egípcia caracterizava-se pela sua monumentalidade, grandiosidade e durabilidade.
-Esta estava em constante relação com a religião.
-Exemplo: Pirâmides de Gizé (dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos).

-a pintura:

-As pinturas egípcias eram principalmente usadas para representar mitos religiosos, cenas do quotidiano, deuses e faraós.
-Lei de frontalidade: cabeça e membros de perfil, tronco e olhos de frente.

A Civilização Hebraica

O povo Hebreu:

A Palestina no 1º milénio a.C. e as deslocações dos Hebreus.

-Os Hebreus habitavam perto da cidade de Ur.
-Guiados por Abraão saíram de Ur e foram até ao Egipto, onde foram escravizados.
-Conduzidos por Moisés (a quem o deus deixou os dez mandamentos e disse para levar o povo para a Palestina) regressaram para a Palestina (Êxodo).

Características e originalidade da religião hebraica.

-A religião hebraica acreditava num único deus (monoteísmo) e no messianismo (esperavam por messias, o salvador).

-O seu livro era a Tora que corresponde mais ou menos ao Antigo Testamento da Bíblia.
                                    -Religião Judaica
Religião hebraica          -Religião Cristã
                                    -Religião Islâmica (Muçulmana)

A Civilização Fenícia

Localização da civilização fenícia.

-Fenícia: Acima da Palestina, no lado Este do Mediterrâneo.

O contributo civilizacional dos fenícios.

-O alfabeto.
(-O comércio marítimo.)

Neolítico - Paleolítico


Neolítico - Paleolítico

Caracterizar o processo de Hominização:
O processo de Hominização é a transformação do primeiro hominídeo (Australopiteco) até ao Homem atual (Homo sapiens sapiens).
Identificar os diferentes hominídeos e suas principais conquistas:
Australopiteco: bipedia, libertação da boca para função de preensão, verticalidade; Homo habilis: fabrico de instrumentos (seixos talhados); Homo erectus: domínio do fogo, linguagem; Homo sapiens: espiritualidade (culto dos mortos e ritos mágicos); Homo sapiens sapiens: arte móvel e rupestre.
Identificar os instrumentos fabricados pelos homens do Paleolítico:
Seixos talhados, bifaces, raspadores, buris, arcos e flechas, arpões e anzóis, pontas de seta, agulhas, furadores e lâminas.
Identificar os materiais de fabrico dos instrumentos do homem do Paleolítico:
Pedras, ossos, madeira, chifres e dentes de animais.
Indicar as vantagens do domínio do fogo:
Luz, calor, cozinhar os alimentos, endurecer as pontas de lanças, afastar os animais e ajudou os hominídeos a começarem a comunicar.
Localizar no espaço o surgimento dos primeiros hominídeos:
África.
 Localizar no mapa os continentes para onde sucessivamente migrou o homem do Paleolítico:
Europa, Ásia, Oceânia e América.
Relacionar a economia recoletora com o nomadismo:
Quando os hominídeos eram recolectores tinham de ser nómadas, pois os recursos esgotavam-se se ficassem sempre no mesmo local.
Conhecer as manifestações rituais/ artísticas do Homem no Paleolítico Superior:
Culto dos mortos, ritos mágicos (sacrifício de animais, cânticos, danças, entre outros.), pinturas e gravuras rupestres, relevos feitos na parede das grutas, arte móvel – Vénus (símbolo da fecundidade e caráter mágico ou religioso).
Relacionar o desenvolvimento da economia de produção com a sedentarização:
Os hominídeos quando se tornaram produtores tiveram de se sedentarizar, porque agora eram eles que produziam o seu próprio alimento, o que significa que teriam de esperar pela época das colheitas para apanhar o plantavam, entre outros.
Identificar as novas técnicas surgidas no Neolítico:
Cerâmica, moagem, cestaria, tecelagem, roda e vela.
Distinguir os diferentes monumentos megalíticos:
Menir, alinhamento (conjunto de menires em linha), cromeleque (conjunto de menires em círculo), anta ou dólmen (o que são hoje as campas funerárias).
Referir as possíveis funções dos diferentes monumentos megalíticos:
Os menires serviam como culto da fertilidade, os alinhamentos e os cromeleques eram os sítios onde as tribos se reuniam para fazer ritos religiosos, anta ou dólmen era o que são hoje as campas funerárias.
Caracteriza os cultos agrários – deusa-mãe:
Os cultos agrários serviam para terem maior abundância nas colheitas, fertilidade dos animais, mas também faziam culto à deusa-mãe – símbolo da fecundidade, fertilidade da terra e divindade adorada pelas comunidades agrárias.